Partilha de Vida

Próximo destino: África


Arrumar as malas e preparar o coração é uma tarefa um tanto quanto desafiadora, afinal já se passaram 6 meses desde que cheguei nas terras americanas.

Chegar até aqui não foi fácil. Deixar trabalho, amigos, família, rotinas e os apegos íntimos não é nada fácil. Tem horas que pensamos se tudo realmente valerá a pena. Tem horas, antes de tomar a decisão, que você para e pensa se todo o esforço fará alguma diferença, na sua vida e na vida daqueles(as) a quem você deseja atingir. Durante meu período de preparação para chegar até aqui, no IICD-MI, muitas coisas me passaram pela cabeça. Muitos desejos. Inclusive senti vontade de poder ter coragem de desistir da minha decisão. Por um momento quis que alguém me convencesse que eu não precisava vir. Eu queria que alguém me "obrigasse" a ficar, de qualquer maneira. Esse alguém não apareceu. Nem mesmo minha mãe que mais chorou quando eu parti me impediu de vir. Então eu vim.

No IICD, principalmente nas primeiras semanas tudo me pareceu muito difícil. Em alguns momentos eu chegava a pensar o que eu estava fazendo aqui, se essa tinha sido a escolha certa. O inglês, foi um grande problema no início (hoje ele quase não existe). Eu, que sempre usava as palavras ao meu favor e o meu dom da fala para tecer relações senti meu mundo cair pois já não podia me comunicar. Dizer o que? Como? Eu não sei falar... não consigo... tenho medo de errar e/ou ser mal entendido... medos... sempre medos! Depois, quando decidi me desafiar mais uma vez - ai foi ficando mais fácil. Eu sempre me entendia, ou assim eu penso que entendo. Me desafiei, pois não aceitava a ideia de que eu tinha feito uma má escolha, pois eu a tinha feito não pensando em mim - tão somente - mas na troca de valores a qual eu queria me submeter para me sentir uma nova pessoa. Me superei, eu creio. Não desisti e não me arrependo.

E nesse processo de superação nos damos conta que não estamos sozinho e nem lutando sozinhos. Existem tantas outras pessoas ao teu redor que se sentir só é até uma falta de respeito e de humanidade. Agir com desumanidade não combinava com a cor do manto que eu deveria trajar para seguir meu processo humanitário. Afinal, meu próximo continente é colorido e cheio de vida e lá só cabe humanidade, respeito e vida! Descobrir novas vidas ao seu redor é um sentimento muito mais que gratificante. É simplesmente mágico. Humano. E ao longo do meu processo auto-superacional encontrei Homens e Mulheres que me disseram e provaram que eu fiz a escolha certa. Fiquei feliz. Ainda estou feliz. Assim ficarei.

Mas a alegria, se for um estado físico, passa rápido e logo pode ir embora. Não sorrir, porém, não significa ausência de felicidade, pode, inclusive ser a interiorização consciente das etapas de vida seguidas e vindouras. Viagens, caminhadas, shows, festivais, calor e muito frio, discussões, lágrimas, despedidas, boas-vindas, paquera e tantas outras coisas fizeram parte desse emaranhado de experiências latentes que nos impulsionam a sentir a vibração da vida e nos ajuda a perceber que estamos vivos. Conscientes. Amigos. Ah! Sim os amigos. Esses são capazes de mudar o rumo da nossa vida e dar novo sentido. O que seria de mim sem eles?! (vazio).

A cada dia a gente se depara com uma nova situação para ser superada. O desapego é a minha nova superação. Depois de 6 meses vivendo e convivendo com um grupo de amigos voluntários - que buscam superar a si mesmo assim como eu - me encontro com a África tão sonhada. Agora só me resta uma atitude: arrumar as malas e partir. Afinal foi para isso que eu vim, correto?! Sim. Correto. E porque me sinto frágil nesse momento? Ah, já sei. Mas não quero falar sobre isso agora, senão vou chorar. E eu prometi para mim mesmo que seria forte. Da primeira vez eu consegui então agora também irei conseguir. Pois bem, chegou a minha hora de seguir meu caminho e ir a África. Estou tão feliz que não consigo definir a diferença entre saudades e saudades. Para mim parece tudo a mesma coisa. Bem, vou pensar assim mesmo, talvez fique mais fácil para superar.

E quando eu já tiver tocado a África o que será? Espera ai. Não me digam, por favor. Vim até aqui, experimentei do meu cálice amargo, superei meus medos e fraquezas, fui fiel a mim mesmo e ao que acreditava, sonhei, amei, chorei e sorri, então agora só me resta descobrir a África que existe dentro de mim. Não quero a África pobre, que construíram para me convencer que eu deveria ser solidário. Não quero a África do povo negro e discriminado, que me disseram que estes não possuem condições de se desenvolverem. Não quero a sua África. O que vou buscar é muito mais do que "dar o peixe ou ensinar a pescar". Irei me encontrar na África. Se me passou em algum segundo da minha vida que eu não sabia ao certo o motivo pelo qual vim ao mundo, agora chegou o grande momento. Irei me encontrar comigo mesmo.  E quando voltar, serei completo. Possuirei a mim mesmo e assim poderei me doar, pois serei meu.

E nessa ansiedade vou viajando para meu próximo destino: África.



Dowagiac, MI, USA - 13 de novembro de 2012.
Véspera da viagem à África



Por José Aniervson Souza dos Santos
Especialista em Juventude - FAJE
Development Instructor - IICD/MI/USA
Ex-Diretor Presidente do Instituto de Protagonismo Juvenil - IPJ
Coordenador da Escola de Educadores de Jovens Online 


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Firme, forte e duro. Como uma rocha!


Até parece que somos fortes iguais rochas. Acreditamos nisso e chega um dia em que “quebramos a cara”. Passamos um período da nossa vida, de acordo com as obrigações que nos cerca, mostrando para as outras pessoas que sempre podemos dar um pouco mais de nós mesmos, passamos uma grande parte da nossa vida acreditando nisso e isso se torna a mais pura verdade dentro de nós. Acreditamos que somos rochas. Pedras. Fortes. E o somos, quando acreditamos. Porém as pedras também se partem e muitas delas se racham e vão se despedaçando com o tempo. Chegou meu tempo. Sinto que estou me despedaçando por dentro. Sinto que essas partes quebradas querem e precisam “pularem” para fora de mim, mas não conseguem. Talvez seja a rocha que se encontra fora que não permite que os pedaços partidos tomem espaço do lado de fora e consigam seu próprio espaço. Não é possível descrever o que cada “pedaço” dessa rocha representa, mas é possível sentir que elas doem muito ao tentarem sair e não conseguem. Talvez doam porque fizeram e/ou fazem parte do conjunto de escolhas que eu tenho feito durante meu percurso de vida. Talvez doa porque sei o que cada pedaço desses representa no contexto intimo da minha vida. Construção. Desconstrução. Atitude. Decisão. Não vejo minha rocha como outra qualquer. Não a vejo mais forte e nem tão pouco mais fraca. Vejo-a como sendo minha, sendo parte das minhas escolhas, das minhas atitudes. Então, construída por mim. Se foram construídas por mim, sei muito bem o que elas são, ou como eu gostaria de tê-las feito. O que é mais difícil de compreender é o sentimento da perda, pois se deixarmos os “cacos” saírem de dentro de nós, isso nos soa como se tivemos apenas perdendo e não reconstruindo. Ou a gente só constrói a partir das perdas? Não sei. Ou será que sei e finjo não saber (de novo)? Pior ainda é quando esses pequenos pedaços de você mesmo teimam em lhe colocar um duplo sentimento. Um que fere e outro que machuca. Parece o mesmo, às vezes são, mas nem sempre continuam sendo. Não sei se os pedaços de mim querem me ferir ou me machucar, só sei que eles doem e doem muito a ponto de me fazer perder a noção de quem sou e para onde estou indo. Sabe aquela dor enorme que você desejaria apagar de vez até que ela passasse e você grita desesperadamente por algum tipo de anestésico? A minha não passa! Ou melhor, ela passaria sim, mas meu anestésico está sempre longe de mim e cada vez que o encontro teimo em rolar para mais algum penhasco que necessite de uma rocha dura, firme e forte, ai logo penso que essa pedra sou eu. E lá vou eu de novo, doendo e rolando, procurando encaixar-me em alguma das necessidades dos penhascos na vida e meu anestésico esqueci de carregar comigo. De novo. Mais uma vez. Mas até quando? Será que serei capaz de permitir que os cacos de mim me rasguem de uma única vez e saiam logo de dentro de mim de uma vez por todas? Ou então que eu consiga parar em uma colina dessas qualquer e fixar moradia ao lado do meu anestesio e só assim poderei viver feliz e realizado? Firme, forte e duro. Como uma rocha!


Dallas, TX, USA - 12 de outubro de 2012.



Por José Aniervson Souza dos Santos
Especialista em Juventude - FAJE
Development Instructor - IICD/MI/USA
Ex-Diretor Presidente do Instituto de Protagonismo Juvenil - IPJ
Coordenador da Escola de Educadores de Jovens Online - IPJ



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Sentimentos e Sentidos, isso faz mover meu mundo


Hoje resolvi escrever um pouco mais a respeito da minha experiência aqui no IICD, Michigan. Em poucos dias faço 3 meses que já estou me permitindo viver uma nova vida e uma nova experiência. Isso está me fazendo mais forte, sem dúvida alguma. Sinto-me cada dia mais forte porque procuro trabalhar com minhas fraquezas diariamente, inclusive com a incapacidade de olhar no outro e descobrir que nele há mais de mim escondido do que dentro de mim mesmo. Procuro trabalhar também com o desejo da renuncia de mim mesmo. Parei e pensei um dia, se eu desistir de mim mesmo, estarei deixando para trás não apenas os meus sonhos, mas os sonhos e projetos de vida de tantas outras pessoas que lançaram mão delas em mim e investiram tempo, confiança e também dinheiro, este último não menos importante.

Nestas horas em que a gente para um pouco e consegue refletir sobre nós mesmos, conseguimos perceber o quanto podemos ser importantes para nós, para o outro e para a natureza, como um todo. Conseguir imaginar sua vida sendo despendida dia a dia na labuta de estranhos não é tarefa fácil quando o que aprendemos desde a pré-escola é que precisamos cuidar para que nossa fortuna cresça mais do que a do nosso vizinho. Partilhar de sonhos e de sentimentos é muito difícil e me parece que mais difícil ainda é refazer estes para (re)significar os de outras pessoas que não possuem o mesmo código genético que o nosso.

O dia a dia no IICD tem me mostrado que eu posso sempre fazer um pouco mais daquilo que eu achava que era o meu limite. Isso em todos os sentidos. Desde a tentar cozinhar quando nunca havia feito isso antes a respirar fundo e não “explodir” quando outra pessoa faz um comentário a seu respeito e isso soa como negativo dentro de nós. Todas essas experiências, desde a de cortar grama pela manhã ou a de juntar todo o lixo e descarregar em um grande container, é sempre enriquecedor quando é possível enxergar qual meu papel nessa grande atmosfera que faz respirar a vida.

O desejo (ou vontade) de voltar ao Brasil e retornar a vida que levava antes é sempre menor quando olho para frente e consigo enxergar que eu poderia contribuir para o sorriso de ao menos mais uma criança na África. Isso não é suficiente, eu sei, mas é o que meu coração me convida a fazer. E ouvir o coração, já me disseram, antes,  é o bastante. Não dá para se iludir e achar que eu serei a solução dos problemas da África, mas também não posso desacreditar que minha parcela de contribuição seja tão insignificante a ponto de não fazer diferença ao menos dentro de mim mesmo. Se o contato com esta nova cultura não for capaz de melhorar a mim mesmo então nada mais poderia ser capaz, pois apenas o contato com o outro, com o diferente, é que podemos vislumbrar a nossa própria evolução interior.

Hoje, estou mais forte do que ontem, eu sinto. Porém, o que me torna forte não é apenas o desejo de ficar e o olhar adiante com foco na África. Outras coisas são somadas nesse “carrinho de mercadorias” que vou adicionando a cada dia. Os amigos, por exemplo, que vamos fazendo a cada dia são respostas as nossas fraquezas, pois se é verdade que “quando eu me sinto fraco aí é que sou forte” é certo que os nossos amigos, embora sejam novos, são capazes de dar novo significado as nossas experiências e opções de vida. Ao menos essa verdade poderia ser dita absoluta se tratando de mim mesmo.

Enfim, o importante é perceber que a cada dia me sinto mudado e se isso é tão positivo ou negativo, ainda não sei. O que sei, é que isso só dependerá de mim e da minha capacidade de dar sentido as minhas experiências, sejam elas positivas ou não para outros amigos. Cada experiência tende a ser única e se ela for única para mim, amanhã eu quero provar uma nova coisa, pois na vida o que importa é somar resultados e acumular respostas e dar a cada uma delas sentido e expectativas ímpares. Uma a uma.

IICD - Dowagiac, MI, USA - 31 de Julho de 2012.


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Um pouco sobre mim mesmo


Escrevo esta cartinha para partilhar um pouco sobre minha experiência a pouco mais de um mês aqui nos Estados Unidos. Estou no Institute for International Cooperation and Development – IICD na cidade de Dowagiac, MI fazendo o programa de Instrutor de Desenvolvimento para atuar nos projetos sociais da Humana People to People na Áfica. Estou há pouco tempo, mas já posso sentir minha vida mudar a partir dessa nova experiência.
Para mim nada do que estou passando é tão fácil, devido a todas as diferenças culturais, sociais, econômicas, estruturais e ideológicas as quais estou me confrontando. Por um lado todas essas diferenças me ajudam a compreender que minhas visões a respeito desses pontos não eram suficientes para compreender o mundo, pois tinha uma ideia apenas das experiências que eu tinha e não daquilo que realmente poderia fazer parte da mobilização mundial e que meu mundo não é o mundo todo. Depois, saber que tudo isso me oportunizará, entre outras coisas, a capacidade de resistir ao tempo, ao vento, ao medo, ao novo, ao certo, ao errado... ao descaso e ao acaso...
Em poucos dias é possível sentir que minha vida está sendo “rasgada” por um novo sentimento, o qual ainda não o conheço ou apenas o desconheço. Este sentimento acompanha a gente como se morássemos na mesma casa e dividíssemos a mesma cama, dormindo e acordando juntos. Não é ruim, mas as vezes dói muito quando precisamos tentar compreender. Aqui nada é pra sempre, nem mesmo o nosso desejo de mudança. Sim, pois ele com o tempo se torna nosso posicionamento. Nada dura para sempre. E até dura, o sempre que podemos sentir enquanto existe. O medo, a solidão, a raiva, a alegria, a certeza, o desespero, o calor, o frio, o abraço, o sorriso, as lágrimas, a dúvida, o tédio, o remorso, a saudade, a companhia, a solidão, etc. tudo isso chega e vai embora, ou ao menos se transforma e resignifica a cada dia, a cada conversa.
Moramos todos juntos, cada um compartilhando seu quarto, seu banheiro, sua cozinha com mais uma ou duas pessoas. Esse compartilhamento é acrescido também as dores, os desesperos, a raiva, o amor, o abraço... enfim, dividimos também as nossas vidas, uns com os outros, pois só temos as mesmas pessoas para amar e para sentir raiva ao mesmo tempo. Vivemos em comunidade e tudo aquilo que é comum entre mim é comum entre todos. Inclusive os sentimentos.
Aprendemos com o tempo a dominar nossa fala, nossa voz, nossos pensamentos e sentimentos, isso para poder ouvir o outro, pois aquilo que entra faz menos mal do que aquilo que sai de dentro da gente. O que entra é filtrado e o que sai passa diretamente pela boca, mas faz mais mal do que qualquer outra coisa, pois costuma vir do coração.
Nesse pouco tempo que estou no IICD estou aprendendo a ser tolerante, não apenas com os outros, mas principalmente comigo mesmo. Preciso tolerar minhas ganâncias e minhas bonanças. Preciso aprender a controlar as “minhas verdades” pois elas fazem parte do meu sistema que se não for bem dirigido pode prejudicar os sistemas dos outros e acabar se tornando mentira pra mim mesmo. Este exercício de autocontrole e autogestão de si próprio é possível fazer aqui, vivendo no IICD, pois vivemos e convivemos com pessoas que não pensam igual, que não agem igual, que tem comportamentos e culturas diferentes, que tem suas próprias verdades colecionadas em suas mentes, que tem sua própria história de vida e que estas interferem em suas colocações e suas posições comunitárias... Tudo isso resulta na capacidade de compreensão de si próprio e aceitação da compreensão que o outro faz dele mesmo.
Conviver em comunidade não é fácil, mas dá resultados positivos quando conseguimos diminuir a visão que temos de nós mesmos, como Ser inatingível e invencível, que possui todas as respostas e soluções para os problemas dos outros.
Apenas quando percebemos o que o outro é capaz de me ajudar a superar minhas inconstâncias é que é possível produzir o sentido de nossa permanência neste espaço, chamado de IICD.
Então, partilho dizendo que este pouco tempo que estou no IICD tem me ajudado a me tornar uma pessoa a cada dia melhor, mais humana, mais confiante, menos explosiva, e que começa a pensar como posso ajudar os outros a me ajudarem.
Espero que toda essa construção consiga produzir frutos fortes para me ajudar a seguir meu caminho de voluntariado na África, onde terei que estar conectado comigo mesmo, com o outro e com o novo.

A todos do Brasil, um abraço apertado com muitas saudades e desejos de reencontros para as mais belas partilhas sobre a vida.

IICD - Dowagiac, MI, USA - 17 de junho de 2012.


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  • Pós-Graduação em Juventude no Mundo Contemporâneo

Acompanhe diariamente notícias e acontecimentos direto da Pós em Juventude na Casa da Juventude de Goiânia-GO.

A Pós-Graduação Lato Sensu em Juventude no Mundo Contemporâneo é um curso oferecido pela Rede Brasileira de Institutos de Juventude com Chancela da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia de Belo Horizonte (FAJE). Ela acontece na Casa da Juventude Pe. Burnier em Goiânia-GO. Nesse mês acontece o terceiro e último módulo dessa turma de especialização.




(Alunos e alunas da 6ª turma de especialização em Juventude no Mundo Contemporâneo)


Caruaru-PE, 31  de janeiro de 2011.
às 21:10h

Pela manhã de hoje, às 4h, junto com a Sandra, depois de me despedir do meu irmão e amigo Léo, que ficou comigo durante esse final de semana, fomos ao aerorporto de Goiânia. 
Meu vôou me levou para o Rio de Janeiro/RJ em conexão, que de lá parti para o Recife/PE.
Em Recife me dirigi a Rodoviária que posteriormente fui até a cidade de Caruaru/PE, minha casa.
Agora, é desarrumar as malas e viver os sonhos e começar a longa jornada como especialista em juventude e amante desses/as jovens que estão se posicionando no mundo.
Meu itinerário da pós-graduação em Juventude termina aqui com esse post.
A partir daqui dou sequência a minha vida de militância, trabalho, sonhos, amores... e com os/as jovens...
A turama da pós irá deixar saudades, mas trouxe todos/as eles/as no meu coração.
Agora estamos preparando a CARAVANA DOS ESPECIALISTAS PELO BRASIL. Aguardem!!!


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Goiânia-GO, 30 de janeiro de 2011.
às 23:25h

Hoje foi meu último dia aqui na CAJU em Goiânia-GO, amanhã já estarei voltando para Pernambuco, minha família, amigos, trabalho... minha vida comum e agitada, super agitada.
Meu itinerário de despedida:
Pela manhã, fui para o culto da igreja presbiterana, presidido pela Pastora Patrícia, amiga de curso de especialização, depois almoçamos na casa dela, com mais alguns/mas amigos/as da pós juventude.
A tarde foi de descanço e repor as energias, até porque na noite passada fomos na casa da Alessandra, Assessora Nacional da PJ e Coordenadora da Área de Sociopolítica da CAJU, comemorar seu aniversário.
A noite, fomos na missa e depois para a praça e feira universitária.
Na volta para CAJU, arrumar as malas e se preparar pois o vôu sai às 5:30h da manhã, tenho que acordar cedo.
Então galera, a próxima postagem, será direto da minha casa, em Caruaru-PE, se Deus permitir.


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Goiânia-GO, 29 de janeiro de 2011.
às 15:13h

Encerramento da pós juventude
Hoje pela manhã, tivemos a última aula da disciplina de Metodologia do Trabalho com Adolescentes e Jovens com o Prof. Ms. Rezende Avelar. Discutimos sobre a construção do Projeto de Vida e das formas de acompanhamento do mesmo aos/as jovens.
Logo depois, fizemos a avaliação do módulo e todo o projeto da pós juventude.
Em seguinda, fizemos uma simples cerimônia de homenagens e formatura. Alguns/mas especialistas fizeram suas colocações, deram sua palavra e ao final fizemos uma singela e juvenil "colação de grau" como memória do nosso compromisso com as juventude, a partir de então.
Em seguida, fomos para o almoço na CAJU com a presença dos/as especialistas. As despedidas só começaram e muitas lágrimas já foram derramadas. Nossos sentimentos são de amizade e muito amor, um/a pelo/a outro/a.
Agora é esperar a minha hora de voltar para casa, na segunda-feira e dar um adeus as terras goianias, com muito sofrimento, é claro!

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Goiânia-GO, 28 de janeiro de 2011.
às 19:55h

Hoje, pela manhã discutimos na aula de metodologia formas de elaborar o planejamento estratégico na abordagem juvenil.
A tarde, tivemos as últimas apresentações dos seminários de socialização das monografias. Mais uma vez os especialistas apresentaram sua proposta de pesquisa e os demais fizeram as suas contribuições.
Logo mais a noite, teremos a Disco Dance para a despedida dos/as alunos/as da 6ª turma de especialização em juventude contemporânea. Muita festa e muita dança para a despedida.
Amanhã última aula da pós e também a cerimônia de formatura.
Já está acabando.

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Goiânia-GO, 27 de janeiro de 2011.
às 22:41h

Está quase chegando ao fim!
Pela manhã na aula de metodologia, estudamos algumas técnicas do trabalho com jovens. Discutimos acerca da metodologia das dinâmicas, as formas de abordagens aos/as jovens e como "escolher" uma boa técnica para cada situação.
A tarde, tivemos mais apresentação de Seminários das Monografias. Outros especialistas colocaram seus trabalhos em exposição e receberam sugestões e elogios em relação aos seus trabalhos de pesquisa.
Amanhã temos mais Seminário e também a festa de despedida da turma.

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Goiânia-GO, 26 de janeiro de 2011.
às 23: 59h


Hoje, o dia todo reservado para a disciplina de Metodologia do trabalho com Adolescentes e Jovens. Discutimos além de outras coisas a relação dos/as jovens com a pedagogia e a metodologia do trabalho comas juventudes.
A tarde, com a Patrícia e o Valdeir apresentei sobre a a Proposta Metodológica tendo como referêncPastoral da Juventude na América Latina com o Livro Civilização do Amor, Tarefa e Esperança, do CELAM.
A noite foi a nossa festa! Muita música, bebida, dança, poesia, e é claro a revelação do amigo oculto.
Dançamos demais, bebemos o suficiente para nos sentirmos felizes.
Amanhã ainda tem apresentação do seminário da disciplina de Metodologia.


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Goiânia-GO, 25 dejaneiro de 2011.
às 22:24h


Pela manhã a discussão foi sobre as formas de trabalhar com grupos e algumas outros definições do que vem a ser um grupo. Discutimos, fizemos considerações acerca das apresentações dos seminários temáticos.
A tarde começou as apresentações do Seminários das Monografias. Alguns especialistas fizeram as suas apresentações.
Minha apresentação com o tema: Participação dos/as Jovens na Construção das Políticas Públicas de Juventude, como todas as outras foi também colocada a debate e os/as participantes começaram a fazer seus questionamentos e sugestões.
Amanhã o dia inteiro será dedicado ao estudo da metodologia do trabalho com a juventude.

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Goiânia-GO, 24 de janeiro de 2011.
às 20:20h


Iniciou hoje a última disciplina da pós juventude: Metodologia no Trabalho com Adolescentes e Jovens com o Prof. Ms. Rezende Bruno Avelar.
Pela manhã discutimos a cerca das formas de observar os jovens a partir da dinâmica de apresentação de grupo e como mediar os conflitos.
A tarde, a partir da leitura dos textos e das apresentações dos seminários discutimos sobre o que é um grupo e também sobre a metodologia utilizada no ProJovem Adolescente, programa do governo federal.
As discussões sobre a temática continua nas próximas aulas.
Amanhã a tarde começam as apresentações das Monografias.
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Goiânia-GO, 23 de janeiro de 2011.
às 23:31h

Domingo, dia de descanço e reflexão. O dia hoje foi para rever as atividades e terminar a demanda da semana que passou, pois a semana que começa promete ser bem corrida.
Pela manhã, saímos para conhecer a feira do cerrado e fazer algumas compras.
A tarde dedicamos o nosso tempo aos estudos.
A noite fomos jantar e passear na feira universitária.
Amanhã inicia mais uma disciplina, a última do curso.
Os nosso corações já começam a doer sentindo a dor da falta dos/as amigos/as.

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Goiânia-GO, 22 de janeiro de 2011.
às 23:02h

Hoje não tivemos aula. O nosso dia foi de descanço e lazer. Fomos visitar a cidade histórica de Pirenópolis/GO. Passeamos pela cidade, conhecemos o artesanato local, a culinária, os pontos turísticos e também tomamos banho na Cachoeira Meia Lua, muito linda.
No inicio da noite, ainda em Pirenópolis, paramos para tomar uma cerveja e comer uma tapioca, tradicional da cidade.
O nosso passeio foi divertido.
Agora revigorados/as, vamos aos estudos.


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Goiânia-GO, 21 de janeiro de 2011.
às 23:57h

O dia hoje foi de muitos conceitos. Foi difícil segurar a onda de concepções teóricas que foi derramado em nossos terrenos. A discussão sobre a dominação masculina, foi importante para compreender um pouco do universo feminino e suas manifestações.
A tarde assistimos ao filme: Encantadora de baleias. E vimos como a tradição e a cultura do povo determina os padões heteronormativos. E como a mulher está inserida nesse mundo.
Ao final, também o encerramento da disciplina de Gênero e Etnia no Universo Juvenil com a Prof. Drª Janira Sodré.
Sentiremos muitas saudades.
Amanhã o dia é de descanço e lazer.


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Goiânia-GO, 20 de janeiro de 2011.
às 22:28h

Pela manhã discutimos as questões referentes a sexualidade. O discurso sobre o corpo da mulher e do homem e como a escola o produz.
A tarde tivemos duas rodas de conversa, uma com a Cristiane Beatriz, transexual, falando se suas experiências no campo da sexualidade e como se deu e se dá o processo de "mudança de sexo". A outra com Cinthia e Lorena, Cientista Social e Geógrafa, respectivamente, na proposta de compreender a figura feminina negra e os estereótipos sociais.
Caloroso os debates, finalizamos o dia com o sentimento de que muito em relação às questões de Gênero e Etnia ainda precisa ser estudada e levada ao debate.

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Goiânia-GO, 19 de janeiro de 2011.
às 23:37h

Hoje o dia foi para discutir Gênero e Etnia no universo juvenil aqui na pós. Pela manhã fizemos uma análise das questões referentes a economia, políticas públicas e a presença social da juventude. A análise nos deu uma visão da conjuntura estruturante onde coloca o/a jovem negro em situações de racismo, miséria e pobreza.
A tarde, assistimos ao filme Sonhos Roubados. Na perspectiva da temática do filme foi possível perceber questões como a prostituição, empoderamento da identidade juvenil, emprego, sociabilidade, relações de gênero entre outros fatores.
No dia de amanhã, o debate promete levar em consideração as questões referentes so Gênero e as identidades de Gênero na juventude.


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Goiânia-GO, 18 de janeiro de 2011.
às 22:51h

Pela manhã de hoje, na aula de juventude e instituições, foi apresentado os seminários sobre religião. O grupo que fiz parte fez uma análise do trânsito e da indiferenciação religiosa no universo juvenil, apontandos viés para o entendimento dessas questões nos dias atuais. O outro grupo, discutiu acerca das relações de gênero dentro da RCC e das Comunidades de Vida no Espírito.
Ao final, das discussões dessa temática, o encerramento da disciplian.
A tarde, assistimos ao filme: Como uma onda no ar. Discutimos acerca das questões sobre o racismo no Brasil e suas implicações na vida da juventude. Amanhã, nessa disciplina passaremos a discutir sobre as relações de gênero.
Ainda há muito chão pela frente.

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Goiânia-GO, 17 de janeiro de 2011.
às 23:01h


Hoje pela manhã na disciplina de Intituições e Formação de Adolescentes e Jovens foi realizado uma Roda de Conversa com líderes de algumas entidades do estado de Goiás na proposta de discutirmos a presença dos/as jovens nessas instituições e como se dá seu relacionamento.
A tarde iniciou mais uma disciplina aqui na pós juventude: Gênero e Etnia no Universo Juvenil, com a Prof. Drª Janira Sodré. Discutimos acerca das questões referentes ao preconceito, racismo e desigualdade no Brasil. O pouco tempo que tivemos de aula já foi possível perceber questões emergiais no tocante as desigualdades de raça no Brasil.
Amanhã tem mais apresentação de seminários.



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Goiânia-GO, 16 de janeiro de 2011.
às 23:59h

Domingo. Dia de descanço. Sem aula aqui na pós, porém muito esforço para dar conta de toda demanda de elaboração de artigos e leitura de textos que devem ficar prontos ainda no começo dessa semana.
Amanhã começa mais uma disciplina. O trabalho continua.



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Goiânia-GO, 15 de janeiro de 2011.
às 21:52h

Terminou hoje a primeira semana da pós em juventude. Pela manhã, com a aula Carmem, discutimos a metodologia do/a educador/a frente ao atendimento das juventude. Também fizemos uiçõo trabalho de produzir o esqueleto do nosso artigo sobre o estudo do papel desse/a educador/a nas instituições formadoras de jovens. Também foi o encerramento dessa disciplina.
A avaliação da disciplina foi satisfária, apresentando as construções cognitivas que a mesma proporcionou aos especilizandos.
Em seguida, descanço. Aula agora apenas segunda-feira. Porém, temos que agilar a produção dos artigos e dos outros seminário e da monografia. O trabalho não acabou. Temos muito ainda pela frente.


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Goiânia, 14 de janeiro de 2011.
às 19:21h


Sexta - feira. Estamos chegando ao final da primeira semana da Pós Juventude. Muito ainda precisa ser estudado e ser dito. Há muitos fatores que precisam ser analisados na questão juvenil.
Pela manhã, começamos a discussão com a pergunta: Qual a tarefa do/a Educador/a de Adolescentes e Jovens? Essa questão foi sendo respondida ao passo que as discussão iam tomando forma. Estamos incubidos de produzir um artigo, sobre a relação do papel do/a educador/a com os/a jovens, a partir do lugar onde cada um/a está.
A tarde, com a continuação dos seminários, discutimos sobre o papel da escola na formação dos/as jovens. Depois, assistimos ao filme: As melhores coisas do Mundo. E pudemos, a partir do filme fazer uma  viagem pela vida da juventude e sua presença na sociedade. O filme contempla a Instituição Familia e Escola além das relações desses sujeitos na sociedade.
Amanhã, termina a primeira semana da Pós Juventude!

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Goiânia, 13 de janeiro de 2011.
às 18:43h

O dia hoje pela manhã começa com as discussões acerca da importância da visão do/a educador/a em relação aos asolescentes e jovens. A ação, será determinada pela forma como essa pessoa ver esses sujeitos. O pressuposto é, partir então do lugar onde se estar. De onde emana o discurso? Quais fatores emergem para o contato com os sujeitos jovens. A disciplina a cada dia vem abrir os conceitos que temos em relação a importância e papel do/a educador/a.
A tarde, com a continuação dos seminários, as temáticas da escola em relação a família e a educação dos negros no Brasil, fizeram nos reportar ao processo histórico pelo qual a educação tem se firmado. O que importa é ter em mente o que influenciou algumas conquistas e o que isso significa na atual conjuntura brasileira.
Os seminários ainda continuam. E a pós Juventude está apenas começando.

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Goiânia-GO, 12 de janeiro de 2011.
às 19:37h

Mais um dia de aula aqui na Pós Juventude. O dia começa com a disciplina O/A papel do/a Educador/a de Adolescentes e Jovens. Começamos discutindo o papel desse/a educador/a a partir do lugar onde ele/a está. Fizemos então uma análise da conjuntura atual e como temos acessado o universo juvenil a partir dos meios e mecanismos disponíveis. Com quais olhares temos olhado para os/as jovens e como temos encarado esse olhar no atendimento a esses/as.
A tarde, com a disciplina Instituições e Formação de Adolescentes e Jovens, começamos as apresentações dos seminários. Começamos a discutir a Instituição Família. O que tem se reconfigurado nessa instituição durante os anos, qual seu papel na sociedade hoje e como os/as jovens estão inseridos nela. Discutimos os diversos modelos de família presentes na sociedade e como essas tem surgido ao longo da história.
Amanhã, continuaresmos essas discussões a partir de outras óticas.
O trabalho cada dia aumenta.


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Goiânia-GO, 11 de janeiro de 2011.
às 19:16h

A manhã de hoje iniciou com uma nova disciplina: O/A papel do Educador/a de adolescentes e jovens. Nessa disciplina começamos a perceber como temos "rotulado" as juventudes nos locais de seu acesso. Não apenas a escola, mas todos os locais onde a juventude acessa, o/a educador deve ter em mente a diversidade da classe que o atende. A Prof. Ms. Carmem Lúcia Teixeira, com sua experiência em acompanhamento, nos dava dicas em como atentar para o papel daqueles/as que lidam com o fenômeno juvenil em todos os espaços da sociedade.
Logo mais a tarde, a continuação da disciplina Instituições e Formação de Adolescentes e Jovens. Fomos convidados a preparar o seminário temático que começará a ser apresentado a partir da data de amanhã (12/01/11).
O dia de aula termina com um convite aos estudos, pois o módulo está apenas começando.

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Goiânia-GO, 10 de janeiro de 2011.
às 19:53h

Iniciou na manhã de hoje, 10 de janeiro de 2011, o terceiro módulo da Pós-Graduação Lato Sensu em Juventude no Mundo Contemporâneo.
O curso teve início as 8h da manhã com as orientações da coordenação, colocando a disposição dos alunos toda a estrutura da Casa onde acontece as aulas.
Em seguida foi realizada uma Roda de Conversa com os Jovens integrantes do Grupo Passarinhos do Cerrado. Ao final, fechamos a manhã com uma dança da Cultura Popular Nordestina, o Coco. E é claro que não poderia faltar também a Ciranda.
Logo mais a tarde inicia a disciplina Instituições e Formação de Adolescentes e Jovens com a Prof.ª Ms. Vanildes Gonçalves dos Santos. Começa a ser visualizado o papel nas relações de poder entre as pessoas e as instituições. Família, Escola e Religiões são as Instituições que mais pesam na formação e presença do sujeito na sociedade. Elas, principalmente, serão alvo dessa disciplina, levando em consideração os jovens dentro dessas.
A partir daqui então será construído um painel geral da presença dos/as jovens na sociedade.
Amanhã começa mais uma disciplina.

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