Até parece
que somos fortes iguais rochas. Acreditamos nisso e chega um dia em que “quebramos
a cara”. Passamos um período da nossa vida, de acordo com as obrigações que nos
cerca, mostrando para as outras pessoas que sempre podemos dar um pouco mais de
nós mesmos, passamos uma grande parte da nossa vida acreditando nisso e isso se
torna a mais pura verdade dentro de nós. Acreditamos que somos rochas. Pedras.
Fortes. E o somos, quando acreditamos. Porém as pedras também se partem e muitas
delas se racham e vão se despedaçando com o tempo. Chegou meu tempo. Sinto que
estou me despedaçando por dentro. Sinto que essas partes quebradas querem e
precisam “pularem” para fora de mim, mas não conseguem. Talvez seja a rocha que
se encontra fora que não permite que os pedaços partidos tomem espaço do lado
de fora e consigam seu próprio espaço. Não é possível descrever o que cada “pedaço”
dessa rocha representa, mas é possível sentir que elas doem muito ao tentarem
sair e não conseguem. Talvez doam porque fizeram e/ou fazem parte do conjunto
de escolhas que eu tenho feito durante meu percurso de vida. Talvez doa porque
sei o que cada pedaço desses representa no contexto intimo da minha vida.
Construção. Desconstrução. Atitude. Decisão.
Não vejo minha rocha como outra qualquer. Não a vejo mais forte e nem tão pouco mais fraca. Vejo-a como sendo minha, sendo parte das minhas escolhas, das minhas atitudes. Então, construída por mim. Se foram construídas por mim, sei muito bem o que elas são, ou como eu gostaria de tê-las feito. O que é mais difícil de compreender é o sentimento da perda, pois se deixarmos os “cacos” saírem de dentro de nós, isso nos soa como se tivemos apenas perdendo e não reconstruindo. Ou a gente só constrói a partir das perdas? Não sei. Ou será que sei e finjo não saber (de novo)? Pior ainda é quando esses pequenos pedaços de você mesmo teimam em lhe colocar um duplo sentimento. Um que fere e outro que machuca. Parece o mesmo, às vezes são, mas nem sempre continuam sendo. Não sei se os pedaços de mim querem me ferir ou me machucar, só sei que eles doem e doem muito a ponto de me fazer perder a noção de quem sou e para onde estou indo. Sabe aquela dor enorme que você desejaria apagar de vez até que ela passasse e você grita desesperadamente por algum tipo de anestésico? A minha não passa! Ou melhor, ela passaria sim, mas meu anestésico está sempre longe de mim e cada vez que o encontro teimo em rolar para mais algum penhasco que necessite de uma rocha dura, firme e forte, ai logo penso que essa pedra sou eu. E lá vou eu de novo, doendo e rolando, procurando encaixar-me em alguma das necessidades dos penhascos na vida e meu anestésico esqueci de carregar comigo. De novo. Mais uma vez. Mas até quando? Será que serei capaz de permitir que os cacos de mim me rasguem de uma única vez e saiam logo de dentro de mim de uma vez por todas? Ou então que eu consiga parar em uma colina dessas qualquer e fixar moradia ao lado do meu anestesio e só assim poderei viver feliz e realizado? Firme, forte e duro. Como uma rocha!
Não vejo minha rocha como outra qualquer. Não a vejo mais forte e nem tão pouco mais fraca. Vejo-a como sendo minha, sendo parte das minhas escolhas, das minhas atitudes. Então, construída por mim. Se foram construídas por mim, sei muito bem o que elas são, ou como eu gostaria de tê-las feito. O que é mais difícil de compreender é o sentimento da perda, pois se deixarmos os “cacos” saírem de dentro de nós, isso nos soa como se tivemos apenas perdendo e não reconstruindo. Ou a gente só constrói a partir das perdas? Não sei. Ou será que sei e finjo não saber (de novo)? Pior ainda é quando esses pequenos pedaços de você mesmo teimam em lhe colocar um duplo sentimento. Um que fere e outro que machuca. Parece o mesmo, às vezes são, mas nem sempre continuam sendo. Não sei se os pedaços de mim querem me ferir ou me machucar, só sei que eles doem e doem muito a ponto de me fazer perder a noção de quem sou e para onde estou indo. Sabe aquela dor enorme que você desejaria apagar de vez até que ela passasse e você grita desesperadamente por algum tipo de anestésico? A minha não passa! Ou melhor, ela passaria sim, mas meu anestésico está sempre longe de mim e cada vez que o encontro teimo em rolar para mais algum penhasco que necessite de uma rocha dura, firme e forte, ai logo penso que essa pedra sou eu. E lá vou eu de novo, doendo e rolando, procurando encaixar-me em alguma das necessidades dos penhascos na vida e meu anestésico esqueci de carregar comigo. De novo. Mais uma vez. Mas até quando? Será que serei capaz de permitir que os cacos de mim me rasguem de uma única vez e saiam logo de dentro de mim de uma vez por todas? Ou então que eu consiga parar em uma colina dessas qualquer e fixar moradia ao lado do meu anestesio e só assim poderei viver feliz e realizado? Firme, forte e duro. Como uma rocha!
Dallas, TX, USA - 12 de outubro de 2012.
Por José Aniervson Souza dos Santos
Especialista em Juventude - FAJE
Development Instructor - IICD/MI/USA
Ex-Diretor Presidente do Instituto de Protagonismo Juvenil - IPJ
Coordenador da Escola de Educadores de Jovens Online - IPJ
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