10.26.2012

Pobreza: como defini-la?

Esses dias me atrevi a escrever um pouco sobre a Pobreza. Minha intenção era encontrar uma forma mais contemporânea de a caraterizar, fugindo um pouco do comum que diz que a pobreza é a ausência de dinheiro, comida e outros bens materiais. Essa, portanto, foi uma tarefa árdua. O resultado de tanto esforço foi um artigo que chamei de "Pobreza: resultado de uma máquina política desumanizada".


Começamos mais ou menos assim:

Poderíamos definir pobreza, neste artigo, partindo de diversos princípios filosóficos, tais quais: carência social, envolvendo as necessidades básicas da vida como vestuário, alojamento, cuidados de saúde e alimentação. Poderíamos também partir do princípio que a pobreza viria a ser a falta de recursos econômicos, ou seja, a carência de rendimento, não significando necessariamente a falta de dinheiro, mas seus níveis de insuficiência. Usaremos, porém, para tratar da pobreza neste artigo, a mesma como sendo principalmente uma Carência Social. Isto inclui além de tantas outras coisas a educação e a informação. Trataremos, dessa forma, das relações sociais como elemento chave para compreender a pobreza, pois a mesma está para além da economia. 

(...)

A pobreza, portanto, é “um fato e um sentimento” afirma Salama e Destremau (1999). Fato, talvez porque ela existe e é real. Podemos ver rastros destruidores da fome em diversos lugares ao redor do mundo, mesmo em países desenvolvidos, como é o caso dos Estados Unidos, por exemplo. Este é um fato que não podemos negar. A pobreza passa a ser um sentimento, pois muitas vezes, “debaixo dessa fronteira” – entre fato e sentimento -, “os indivíduos e sua família serão qualificados como pobres, quer percebam esta situação assim, quer não”. Por sua vez, a pobreza causa situações desumanas como a fome, as desigualdades e as violências, por exemplo. 

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